Livros de Autoajuda salvam o mercado (literalmente)

Febre atual nas livrarias, os livros de colorir podem agora ser oficialmente considerados a salvação do mercado editorial brasileiro. Graças a essas obras vendidas como "antiestresse" e líderes das listas de best-sellers, o faturamento em 2015 até agora não ficou abaixo do faturamento do mesmo período do ano passado. Sozinhas, elas venderam R$ 25,18 milhões de janeiro até agora.
É o que aponta o 3º Painel das Vendas de Livros do Brasil, divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pelo Instituto de Pesquisa Nielsen. O estudo baseia-se no resultado do BookScan Brasil, que verifica as vendas em livrarias e supermercados.
No comparativo anual, o faturamento total do mercado editorial cresceu 6,23%, passando de R$ 597,1 milhões nos cinco primeiros meses de 2014 para R$ 634,3 milhões em 2015. "Mas tem a inflação... Diante disso, houve uma pequena queda. É como se o mercado estivesse andando de lado", afirma ao G1 Ismael Borges, coordenador do BookScan.
De acordo com o IBGE, a inflação oficial do país, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 8,47% em maio, no acumulado em 12 meses.

Por esse raciocínio, sem os tais títulos para colorir, o mercado editorial teria efetivamente "andado para trás". "Haveria uma diminuição importante. Estariamos falando de 4,31% de decrescimento", explica Borges.
Os mais de R$ 25 milhões dos títulos de colorir representam 3,97% do total de faturamento. Os destaques são "Jardim secreto" (Sextante), "Floresta encantada" (Sextante), "Jardim encantado" (Alaúde), "Mãe, te amo com todas as cores" (BestSeller) e "Floresta celta" (Alaúde).
Além do faturamento, o filão "a cores" garantiu um salto de 8,83% no volume de vendas: 14,8 milhões entre janeiro e maio de 2014 e 16,2 milhões em 2015. Livros de colorir representam 14,21% desse total.

Resultado em  maio
O 3º Painel de Vendas de Livros do Brasil mostrou ainda que maio teve saldo especialmetne positivo para o mercado editorial.
Comparando com o mesmo mês de 2015, as mês cresceram mês 27% em volume e 21% em faturamento, totalizando R$ 115,8 milhões – em 2014, foram R$ 95,7 milhões. É mais do que nos meses anteriores deste ano.

Preço do livro caiu
Por fim, o estudo aponta que o preço médio do livro, entre janeiro e maio de 2015, caiu 2,39% – de R$ 40,22 em 2014 para R$ 39,26 em 2015. O desconto médio dado pelos vendedores acumulado no período também diminuiu – de 20,78% em 2014 para 16,79% em 2015.

Em junho, o Snel havia divulgado o estudo Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, da Fipe/USP, que apontou queda do crescimento do mercado editorial em 2014.

"Mas acho importante ressaltar dois aspectos importantes: as vendas ao mercado tiveram crescimento de 7,33% e as vendas ao Governo uma queda de 16%, o que também pode ser explicado pela sazonalidade dos Programas de Livros Didáticos", afirmou em nota o presidente do sindicato, Marcos da Veiga Pereira.

"Neste sentido, é positivo vermos o mercado crescendo em 2015 e as livrarias preservando suas margens, sem impactar o preço final dos livros."

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