Resenha - Sidarta, Hermann Hesse


[AVISO: SPOILER]

Sidarta é um romance escrito por Hermann Hesse, um dos maiores escritores alemães. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946. A sua primeira publicação foi em 1922 e conta passagem da sua vida e pensamento durante a sua estadia na Índia em 1910, inspirado na tradição contada de Siddhartha Gautama, o Buda. O livro trata basicamente a busca pela plenitude espiritual, e o alcance de estados em que a mente humana se encontra absolutamente completa e plena. As obras de Hesse foram referência para grandes escritores, como Franz Kafka e chegaram até a influenciar a banda de rock britânico Yes, que lançou o álbum Close to the Edge em 1972, inspirado no livro Sidarta.


Mostra a história de busca interior que todos nós fazemos, ou deveríamos fazer. O personagem principal, Sidarta (não o Buda, Sidarta Gautama), é alguém que procura encontrar o real sentido da vida, e para isso vive fases bastantes distintas em sua vida: primeiro nascendo e vivendo como brâmane na casa de seu pai, depois renuncia os bens materiais para uma vida asceta de samana, e em uma nova renúncia, busca os prazeres da carne e das riquezas, por fim, vendo como fórmulas de escape a morte ou o amor incondicional a outrem.

Apesar de não encontrar as respostas que procura em nenhum destes lugares, consegue perceber como evolui após cada experiência rumo à sabedoria.  Há ainda algumas considerações importantes levantadas no livro, como: Quem aprendeu algo novo buscando a sabedoria dentro de si próprio? Ou quem obteve respostas importantes somente observando (e ouvindo) um rio? Quantos precisam de mestres e de doutrinas para aprender a viver, mas esquecem que estes mesmos mestres e doutrinas não precisaram disto? E os que criticam a atitude rebelde dos filhos sem dar-se conta que estão tomando a mesma atitude que seus pais tomaram quando eram jovens? Todas essas são perguntas difíceis de responder sem alguma reflexão. 

RESUMO DO 1° CAPITULO: 

 O Filho do Brâmane

Sidarta é um jovem promissor que vive num povoado brâmane. Talentoso, esbelto, ávido pelo saber, Sidarta era adorado por todos. Estava avançado nos ensinamentos brâmanes e todos viam nele um futuro brilhante. Pressentia-se nele um sábio, um sacerdote, um príncipe entre os brâmanes. E quem mais o adorava era seu amigo Govinda. Mas para si mesmo, Sidarta não tinha alegria. Para si mesmo não era fonte de prazer. Abrigava em suas entranhas o descontentamento. Sentia que o amor que recebia de todos nem sempre teria força para alegrá-lo. Também sentia que já tinha absorvido os principais ensinamentos brâmanes, mas não eram suficientes. Questionava a validade dos rituais: “As abluções, por proveitosas que fossem, eram apenas água; não tiravam dele o pecado; não curavam a sede do espírito; não aliviavam a angústia do coração. Excelentes eram os sacrifícios e as invocações dos deuses- mas que lhe adiantava tudo isso? Propiciavam os sacrifícios a felicidade? E quanto aos deuses: foi realmente Prajapati quem criou o mundo? E não o Átman? Ele, o único, o indivisível?”…”Quem merecia imolações e reverência, senão Ele, o único, o Átman? E onde se podia encontrar o Átman, onde morava ele… a não ser no próprio eu, naquele âmago indestrutível que cada um trazia em si?” Insatisfeito com isso, resolveu unir-se a um grupo de samanas (sábios mendigos nômades) que passavam pela cidade, para encontrar sua felicidade e o seu caminho. Depois de receber a permissão de seu pai (que tristemente a concedeu), partiu para os samanas junto com Govinda.

OPINIÂO PESSOAL: Esse livro é uma ótima opção para os que estão se achando perdidos ultimamente (que contraditório rsrsrsrs), eu particularmente gostei muito dos elementos jediístas e filosóficos contidos no livro.

Um comentário:

  1. Apesar de sentir falta de um resumo sobre os outros capítulos, gostei de sua resenha, Ronnison. Sidarta também é um livro que gostei e, lendo sua resenha, percebi ensinamentos e reflexões na história que passei despercebido. Obrigado!

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