Nem só de clássicos vive o leitor

Como leitor inveterado que sou, aprecio profundamente vários estilos e gêneros literário, do milenar ao romantismo aos contemporâneos acadêmicos, dos gigantes nacionais como Machado de Assis e José de Alencar aos monstros best-seller atuais como J. K. Howlin, Dan Brown e George R. R. Martin. Creio que em todas as épocas e regiões aparecem escritores capazes de satisfazer um grande público, seja este público infantil, jovem ou adulto. Porém existe uma grande resistência de novos leitores se interessarem por obras clássicas como Sonetos de Camões, Crime e Castigo ou Don Quixote. A pergunta inicial depois dessas linhas é: Isso é ruim?

Primeiramente defendo que qualquer tipo de leitura gera algum resultado, seja em livros, mangás, jornais ou revista. Se hoje leem mais Harry Potter que Capitu ou é mais excitante ler os 50 Tons de Cinza que o naturalismo de O Cortiço é pelo menos o sinal de que ainda existe uma massa ávida de leitores em nossas escolas. O que é algo muito bom tendo em vista que as aulas de Literatura foram paticamente banidas do currículo escolar para mais aulas de decoreba de português. Os textos clássicos aparecem apenas para apresentar características da época e das obras só é passada um simples resumo.

O que pode ser chamada de "literatura de entretenimento" deve ser ainda mais incentivada pelos professores, poucos sabem quanta filosofia existem em uma obra como O Senhor dos Anéis ou Harry Potter e a Câmara Secreta, o teor histórico na saga Assassin's Creed que é digna de uma dissertação de mestrado em história, os personagens de mangás como One Piece, Naruto e Death Note e as implicações emocionais e psíquicas de suas ações são só alguns bons exemplos de o quanto o movimento literário da atualidade não só não deve ser criticado sem uma análise profunda, como deve ser promovido nas escolas, pois quer os professores gostem ou não, esses livros os alunos leem.

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